

RATEIO DE BENS COMUNS EM FUNÇÃO DE SEU USO OU UNIDADES DE NEGÓCIO
11/04/2013 14:02
As empresas por vezes tem a necessidade de apresentar resultados de seu patrimônio classificados por:
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UNIDADES DE NEGOCIO
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REVERSIVEIS OU NÃO REVERSIVEIS
Para construir esses controles existem alguns parâmetros a serem seguidos e dependendo da empresa o grau de complexibilidade desse rateio aumenta ou diminuiu, vamos falar um pouco dos conceitos de rateio que andei vendo por ai, desde o absurdo dos absurdos até um modelo mais complexo, por incrível que pareça adotado pela menor empresa por onde passei.
Exemplo 1 - Absurdo dos Absurdos:
Vamos ao absurdo dos absurdos, que ouvi de um contador com certa experiência, no dia em que ele viu que em nossa empresa os itens de imobilizado tinham seu fim, portanto unidade de negócios definida pela área de engenharia no momento em que esta fazia seu pedido de compras, nossa empresa estava sendo incorporada pela dele.
Em dado momento ele perguntou o que acontecia com um bem quando ele pertencia a mais de um setor, no caso a necessidade desta empresa definida pelo órgão regulador a engenharia definia qual o maior uso e o bem era alocado naquela unidade de negócio, em tempo, esse processo é diferente do utilizado em uma empresa de origem industrial que vamos ver depois, já que aqui existe um órgão de regulação.
Ao ver nosso processo ele fez como gostava, engrossou a voz e soltou em voz de autoridade – ISTO ESTA ERRADO ... La na nossa empresa nós fazemos um trabalho com a engenharia que apura a real utilização desses bens e nos passa um percentual para rateio que é usado para a alocação dos arquivos do ativo.
Pensei, deve ser interessante, se assemelha ao processo de uma empresa industrial, preciso aprender mais sobre isso e então lá vou eu conhecer o processo deles, imaginando o grau de complexibilidade que ele ia demandar, imaginava que se já tinha um arquivo com mais de um milhão de registros esse numero ia aumentar muito com o critério de rateio deles.
Sentei ao lado do operacional que foi me mostrar o rateio, ele tinha uma tabela que havia recebido da engenharia e que dizia que os bens daquela localidade eram utilizados 50% para uma unidade de negócios, 30 % para uma segunda unidade de negócios e os 20% restantes para uma terceira.
Este operacional me falou que era complicado conseguir essa informação da engenharia já que demandava um estudo e tinha de ser reatualizada de tempos em tempos.
Bom, vamos ao processamento, como é feito? Temos o bando de dados do departamento com hipoteticamente 100 itens de ativo lançados na ordem em que foram comprados, nosso rateio funciona assim:
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Os 50 primeiros itens do arquivo entram no rateio A,
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Os 30 que vem depois no rateio B e
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Os 20 últimos no rateio C
Dei uma risadinha de leve e perguntei se o ultimo item for o de maior valor o que acontecia e o operacional me perguntou se eu estava falando que estava errado, então eu disse que não, que estava tudo certo, afinal era o critério de “RATEIO” que eles tinham adotado e o assunto morreu ali, afinal o contador não era eu e nem era eu que assinava aquele balanço.
Um dia mais tarde ouvi desse mesmo contador que a gente trabalhava certinho demais por aqui, enfim, certinho demais tem de ser a regra e não a exceção.
Exemplo 2 - Uma forma de se efetuar a distribuição:
As empresas nos dias de hoje estão estruturadas por uma tabela de centro de custos, que é usada para alocação de despesas e custos de produção não existe o que se inventar para a execução de uma distribuiçao de ativos a unidades de negócio, desde que o inventário desse imobilizado não seja tão ruim o que não é uma verdade na grande maioria das empresas.
Mas admitindo-se que este inventário seja aceitavel e que os bens estão cadastrados em seus centros de custo mais adequados devemos ter a seguinte situação:
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Bens alocados em centros de custo especificos de uma ou outra unidade de negócio
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Bens alocados em areas de produção que prestam serviços para mais de uma unidade de negócio
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Bens alocados nas areas administrativas
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Bens alocados nas areas de manutenção
Sabemos também que mensalmente a area produtiva aponta suas horas trabalhadas e esse apontamento serve para que a contabilidade faça a alocação de custos com base nos indices levantados com esse trabalho.
O formato já deve estar claro, mas vamos especificar melhor:
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Bens alocados em centros de custos especificos de uma unidade de negócio - 100% alocado
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Bens alocados em areas de admistração tem seu custo distribuido para todos os centros de custo de acordo com os apontamentos de produção do mês corrente ou anterior
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Bens alocados na manutenção, após receber a zeragem dos bens administrativos são alocados para as areas produtivas de acordo com os critérios de alocação definidos pela area de custos
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Bens de areas produtivas após receberem alocação dos administrativos e manutenção são rateados para os produtivos finais de acordo com definições da area de custos
Esses indices de alocação mensalmente são apontados pelo departamento de custos e utilizados para cosntrução da posição do imobilizado para unidades de negócio.
Lembramos que essa construção é puramente gerencial, portanto não vai existir a hipótese de um gerente perguntar como já fizeram comigo, qual o valor de uma cadeira por unidade de negócio, tem de existir bom senso nessa demanda.
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