

RFID - Radio Frequencia (Radio Frequency Identification)
Depois de ler uma material lançada no site da globo sobre uma empresa que implantou essa tecnologia em seus funcionários, como forma de melhorar seus controles, método para o qual sou contra quando se trata de administração de GENTE, vou aproveitar o gancho para falar de minhas impressões sobre os sistemas de controle e numeração de imobilizado, utilizado pelas empresas, que em 90 % dos casos são originários de mera formalidade contábil e legal, não refletindo a realidade do dia a dia das empresas.
Em tese a maior parte das empresas tem sua entradas no patrimônio registradas em um grupo do balanço chamado de Ordens de Serviço em Andamento, Projetos e Andamento, Bens e Instalações em andamento, enfim, cada contador cria o nome de balanço que acha mais conveniente.
Algumas empresas adotam o sistema de lançar direto para imobilizado bens que não precisam de gastos adicionais para serem colados em uso ou seja gastos com instalação, movimento que chamam de compras diretas, mas esse processo não é muito aconselhável, já que em função da escrituração do livro CIAP vamos precisar de dados fiscais para recuperação de ICMS dos bens lançados no imobilizado e que se destinam a área produtivas, dados que teriam origem dificultada, caso as entradas aconteçam de acordo com a natureza dos bens adquiridos ora em obras ora em outras contas.
Sendo assim, vamos optar por lançar todos os bens do nosso exemplo em Bens e Instalações em Andamento ou Obras em Andamento, mas não é nosso objetivo falar de CIAP neste módulo e sim dos modelos de identificação dos ativos nos vários sistemas do mercado.
Quando os projetos são encerrados são definidos os Ativos Fixos ou Unidades de Propriedade, que em tese entram em operação e devem transferidos de Obras em Andamento para as contas de Ativo onde vão sofrer depreciação de acordo com sua natureza.
Neste momento devem ser identificados com um numero de patrimônio e ai começa a confusão de 90% das empresas, que não tem estrutura para compor essa identificação, por falta de investimentos e importância da área de imobilizado.
Hoje a grande maioria das empresas já mantém seus controles em sistemas integrados chamados ERP´s, não importa se o Sistema é Oracle, SAP, Totvs, Caseiro ou outro do mercado, o funcionamento de todos é similar, o que muda é o desenho de seu bancos de dados, forma de estruturar os arquivos, nomes dos programas chaves e o fato de o fornecedor ter tornado o sistema caixa preta ou não.
Portanto quando você entra no sistema de obras e define um bem para ser capitalizado por exemplo na conta de maquinas e equipamentos, esse sistema já atribui automaticamente um numero de patrimônio sequencial sem que haja a necessidade de o operador atribuir um número.
Inclusive os sistemas são criados com a possibilidade de se criar complementos para esses bens e possuem uma sequencia numérica começada em zero para o tem principal e adicionando um para cada nova adição de valor ao item principal.
Esse processo gera um problema, porque logisticamente falando é muito difícil que alguém com a estrutura que as empresas disponibilizam para o ativo fixo, saia com uma plaqueta com aquele numero especifico para colar no item de ativo.
Se alguém conseguir executar esse procedimento, esta de parabéns e eu gostaria de trocar figurinhas até para ver onde eu sempre errei, já que não conseguia nem fazer o dever de mesa quanto mais o dever de campo.
Então um dia, resolvemos aplicar um inventário, saímos para campo tentando em um primeiro momento aplicar, colar uma plaqueta nos bens seguindo o sistema, o que logo é descartado, então resolvemos desenvolver plaquetas para levantamento.
No começo usamos plaquetas com números sequenciais, sendo que algumas empresas definiam sequencias numéricas para cada grupo de contas, moveis, maquinas, outros.
Em um trabalho de campo levantávamos os bens e depois em um trabalho de mesa tentávamos atrelar esses bens aos lançamentos contábeis, sim lançamentos contábeis, porque os sistemas de ativo fixo estão mais para diários contábeis do que para relações de bens patrimoniais, mas com algum esforço atribuíamos esses dados contábeis aos bens localizados lançando em um campo qualquer do arquivo e transferindo os complementos para seus devidos itens principais ou falando de outro jeito transferindo os filhos para seus pais.
O tempo passou e nasceram os códigos de barras, quando entrei na Brasiltelecom usamos a tecnologia de códigos de barras estruturada na Telepar, onde cada grupo de números representava uma coisa dentro da estrutura do imobilizado.
Saímos a campo, utilizávamos o FA Consist que depois foi migrado para o SAP AM / AA e depois do trabalho de campo, fizemos a lição de casa adequando os diários contábeis do imobilizado aos levantamentos e lançamos esses códigos de barras em um campo do arquivo do sistema.
Que legal, agora era sair com o revolver de leitura, fazer um levantamento de campo e aplicar ele no Sistema para ter o inventário atualizado.
Mas, se esqueceram de uma coisa! O FA da Consist e o SAP MM / AA não conversam com os códigos de barras desenvolvidos e até quando eu tocava esse trabalho com nenhuma estruturação de códigos de barras de outros desenvolvimentos.
Traduzindo, demos um tiro no pé, tínhamos códigos de barras com estrutura desenvolvida a partir de treinamentos nos EUA e não tínhamos sistemas que fossem alinhados com essa tecnologia, virou uma plaqueta como outra qualquer e sem uso.
Outro problema desse trabalho é que quando você trabalha em uma empresa mesmo que grande mas que tem plantas defininas entre muros, fica mais fácil de trabalhar do que quando você trabalha em empresas como a de telefonia que tem mais de 40.000 localidades de inventário.
Surge a novidade do mercado, a tecnologia RFID - Rádio Frequência (Radio Frequency Identification), veja texto da Wikipédia:
É um método de identificação automática através de sinais de rádio, recuperando e armazenando dados remotamente através de dispositivos denominados etiquetas RFID.
Uma etiqueta ou tag RFID é um transponder, pequeno objeto que pode ser colocado em uma pessoa, animal, equipamento, embalagem ou produto, dentre outros. Contém chips de silício e antenas que lhe permite responder aos sinais de rádio enviados por uma base transmissora.
Além das etiquetas passivas, que respondem ao sinal enviado pela base transmissora, existem ainda as etiquetas semipassivas e as ativas, dotadas de bateria, que lhes permite enviar o próprio sinal sendo bem mais caras que do que as etiquetas passivas.
RFID: utiliza transponders ( os quais podem ser apenas lidos ou lidos e escritos) nos produtos, como uma alternativa aos códigos de barras, de modo a permitir a identificação do produto de alguma distância do scanner ou independente, fora de posicionamento. Tecnologia que viabiliza a comunicação de dados através de etiquetas com chips ou transponders que transmitem a informação a partir da passagem por um campo de indução. (ex: muito usado em pedágio "sem parar").
Mais pode ser lido em:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Identifica%C3%A7%C3%A3o_por_radiofrequ%C3%AAncia
Este sistema promete mudar a forma de controle que temos hoje, mas ainda são poucos os sistemas que tem capacidade de conversar com esse modelo, só para colocar como exemplo o SAP AM / AA não conversa com o sistema RFID, tem de ser desenvolvido algum processo via ABAP para que eles façam uma interação.
Alguns fornecedores vendem essa interação, mas o administrador da empresa contratante tem de verificar a veracidade desse fato, porque pode ficar preso a esse fornecedor para fazer futuras atualizações de inventário, já que a cada inventário periódico terá de fazer ajustes no ativo com base nos resultados de campo.
O sistema promete:
Controle de estoques em tempo real, eu ainda não conheço a evolução, até onde estudei o assunto essa visão de tempo real, estava em uma área delimitada (galpão) e cercada de sensores que davam sinal de movimentação sempre que um código RFID passasse por eles, como existe hoje em portas de lojas de departamentos com produtos marcados, quando não existe esse sensor é impossível fazer o rastreamento, mas tecnologia muda todos os dias, posso estar desatualizado.
Eu concordo com o uso dessa metodologia , para todos os itens que a wikipédia mencionou, menos um, assim para animais, equipamentos, embalagens ou produtos, sou favorável.
Inclusive na agropecuária, seria interessante para fazer a separação de novilhos por idade e classe e mesmo que se misturassem seria possível fazer a separação de forma fácil utilizando essa tecnologia.
A empresa http://www.innovix.com.br/ , tem um modelo interessante de aplicação para a indústria farmacêutica para controle de estoques de controle regulado pela ANVISA, para quem tem interesse eu recomendo essa empresa de sede em Brasília.
Mas não posso concordar com o controle em pessoas pelos motivos expostos em meu blog:
Bom, ai esta a minha visão sobre RFID - Rádio Frequência (Radio Frequency Identification) espero que troquem figurinhas comigo a fim de melhorar meu entendimento sobre essa matéria.
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