

PLANTA DE SEGUROS – TABELA PARA ANALISE DE RISCO
No nosso ultimo post, falamos sobre tabelas de localidades e seus conflitos dada origem de cada uma, já que cada órgão publico ou departamento da empresa faz suas definições muitas vezes sem observar ou aproveitar o que já foi publicado e desenvolvido com teor similar,assim como como falamos temos:
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IBGE tem uma tabela de Municípios que não conversa com o
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CNL - Tabela de Código Nacional de Localidades da Anatel que não conversa com os
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CEP´s - Códigos de Endereçamento Postais dos Correios que não conversam com os
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Centros de custos definidos pela controladoria das empresas e que não conversam
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Com as tabelas de Localidades criadas pelas engenharias.
Cada necessidade contábil e fiscal exige dados de cada uma dessas tabelas, assim somos obrigados a compilar essas informações de forma lógica no momento em que pensamos em construir um banco de dados para controlar imobilizados, estoques ou mesmo os custos da empresa.
Mas não fica por ai, quando se fala em riscos para emissão de apólices de seguro, os arquivos necessitam ser classificadas de acordo com um estudo da área de seguros da empresa, onde, sejam estoques ou bens patrimoniais, devem de ser alocados de acordo com os riscos que eles envolvem.
Essa necessidade varia de empresa para empresa e em função dessa informação a área de seguros vai definir de que forma vão ser construídas as apólices e que riscos elas apólices vão cobrir.
Mas não se preocupem o que vamos fazer nos nossos arquivos, não requer nenhum levantamento gigantesco, vamos apenas colocar um flag (marca de indexação), nos bens do banco de dados, que deve ser definida junto com a área de seguros para gerar as informações automáticas da base de imobilizado ou estoques para analise, vamos a um exemplo que foi utilizado na Alcoa e Brasil Telecom:
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Necessidades
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Inventário do Imobilizado ou Estoque mais atualizado
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Lista de bens classificada por endereços, definidos pela área de seguros, podemos aqui ter a necessidade de quebrar por edifícios, prédios ou plantas, caso exista mais de um no mesmo terreno já que o risco da planta A pode ser diferente do risco da planta B:
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Terreno
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Edifício Administrativo
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Edifício para Fundição
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Edifício para TI
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Edifício para Ferramentaria
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Tudo em um único edifício separados por andar
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Tudo em um único galpão separado por centro de custo
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Esta posição deve ser fechada com a área de seguros, mas não tem nada de novo aqui, vamos apenas gerar resumos com o que já temos.
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Classificação dos Dados
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Separação dos bens de acordo com grupos definidos junto a área de seguros, vamos marcar os itens do nosso arquivo de acordo com essa tabela, poderemos usar um código ou o nome abaixo:
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Terrenos
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Edifícios
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Moveis e Utensílios
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Maquinas
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Estoques
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Bens de Informática
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Direitos de Uso e bens Intangíveis
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Software
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Veículos da diretoria
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Veículos de uso geral
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Veículos de carga de uso interno
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Veículos de carga de uso na rua
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Materiais inflamáveis para estoque
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Outros
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Devemos fechar as necessidades com a área de seguros da empresa
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Arquivos a serem gerados para a área de riscos
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Gerar arquivos dos sistemas classificados de acordo com os dois itens acima, com os melhores valores que nossos arquivos tem, que podem ser:
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Valor de aquisição, depreciação, residual
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Valor de Reposição ou outras correções
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Valor em US$ para quem tem
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Devemos deixar claro, que como já mencionado em outro post, os valores contábeis não devem ser base para elaboração de seguros, podemos estar superavaliados o que vai gerar aumento dos valores em risco e aumento do premio de seguro ou subavaliados, que em caso de sinistro vai gerar RATEIO, então essa relação é apenas uma base para inicio dos trabalhos da área de riscos
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Mas qual o objetivo desse trabalho?
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Com base nessas informações a área de Riscos vai ver que bens devem ser segurados, qual o histórico de sinistros para esses bens e definir os valores em risco ou valores que deverão ser objeto das apólices de seguro, que serão apurados de acordo com a empresa, vamos a alguns exemplos:
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Apólice de Cobertura para Incêndio:
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De cara ao pegar a listagem de um endereço os terrenos são retirados do valor em risco
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Direitos de uso, marcas e patentes e bens intangíveis também são retirados do valor em risco
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Quando existem bens inflamáveis ou com riscos de explosão em um local o valor em risco deve incluir essas averbações
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Vamos admitir que temos um estoque que fica ao lado de um posto de gasolina, temos de avaliar o risco desse estoque na hora de fazer a apólice, porque dependendo do que estocamos teremos de reforçar nossa apólice de responsabilidade civil
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Alguns riscos são avaliados pela área responsável pelo histórico e custo das apólices, assim de nada adianta você pagar prêmios no valor de dois carros para perdas de casco se normalmente em seu histórico de custos você perde em média um carro por ano, é mais barato assumir o risco de casco do que pagar o seguro, muito embora não exista isenção ao se falar da responsabilidade civil nesses casos.
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Seguro de Roubo de cargas, segue a mesma linha dos carros, quanto custa seu seguro anual em relação as cargas roubadas, assumir o risco ou fazer o seguro?
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Quando falamos de maquinas e equipamentos, temos de segregar esses equipamentos a fim de definir qual o risco dos mesmos, por vezes a reposição leva tempo, equipamentos deverão ser importados e temos perda de produção e consequentemente faturamento, ao apurar o valor em risco saber que equipamentos onde estão alocados tem sua importância real, dai ter inventários atualizados é base para evitar possíveis RATEIOS futuros.
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E quando ocorre um Sinistro?
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Quando temos um sinistro em um endereço ou em uma planta de um endereço essa vai ser a posição de ativos que vamos fornecer como documento para apuração de perdas
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Além disso vamos ter de abrir uma ordem de serviço onde todos os gastos com o sinistro deverão ser lançados, a saber:
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prevenção para diminuição de prejuízos durante o sinistro
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analise e custos de verificação das perdas materiais
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analise dos salvados e providências junto a área de seguros
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custos de conserto dos equipamentos que podem ser recuperados
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custos da compras de equipamentos irrecuperáveis e descartados
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mão de obra de instalação, manutenção, obras diversas
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custos de importação de equipamentos caso exista necessidade
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tudo o que envolver reparos de bens materiais
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Todos os documentos gerados durante o reparo deverão ser montados em uma pasta ou arquivo para guarda da empresa e remessa para a seguradora, isso pode ser feito nos moldes dos documentos jurídicos, todos colados a papel A4, para facilitar a aprovação pela seguradora do reembolso de sinistro.
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Notas Fiscais
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Contratos
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Fotografias dos processos desde a ocorrência do sinistro até seu reparo final
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Apontamentos de mão de obra, caso tenhamos uso de horas de manutenção
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Outros
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Há alguns anos preparei meu primeiro relatório de sinistro que me gerou essa carta que guardo como um troféu:
Bom amigos, em um post futuro, voltarei a esse assunto para falar sobre as apólices de seguro existentes no mercado, até lá.

