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CABOS E ESTOQUE – VALOR DE NOVO E MODELOS DE REAVALIAÇÃO                                                        CONCLUSÃO

 

Voltamos a frisar que nosso objetivo é apurar os valores do ativo, como foi visto em imóveis e agora nas definições para cabos, sem a preocupação com Valor Residual, Valor Contábil, Valor de Reposição ou outra determinação qualquer.

 

Porém vamos seguir os critérios definidos para telefonia na Resolução nº 396 - Regulamento de Separação e Alocação de Contas e por isso ao final do trabalho nós já vamos ter dois números importantes:

 

  • HCA, Historical Cost AccountingCustos Históricos Registrados no Balanço

 

  • CCA, Current Cost AccountingBase de Custos Correntes onde a despesa de depreciação deve ser ajustada, refletindo o valor atualizado dos ativos.

 

Recapitulando o que já vimos:

 

  • Nossa base de dados é ruim quanto a quantidades, ruím de forma geral, mas vamos focar nas quantidades.

  • No post anterior trabalhamos o alinhamento da base de dados para com os itens de estoque, já que cabos são formados basicamente por itens de estoque.

  • Sabemos que os arquivos contábeis mesmo ruins estão distribuídos por localidades, não confundir com centros de custos, estamos falando de endereços, CNL´s.

  • Levantamos o valor de reposição unitário para itens de estoque que definimos ser nossa MOEDA FORTE.

  • Envolvimento até agora, controladoria / materiais hora de alocar a Engenharia, Teconologia da Infomação e outros que possam ter qualquer informação útil.

 

O que esta pendente?

 

  • Nossas quantidades são ruins, mas sabemos que a engenharia de projetos e manutenção tem dados interessantes e apurados já que têm plantas de alocação dos bens nas ruas, cidades definindo o que é aéreo, enterrado e submerso.

  • Normalmente essas plantas estão digitalizadas em algum sistema de engenharia e tem a especificação de qual cabo é utilizado para atender a demanda daquela localidade.

  • Integrar engenharia de projetos e manutenção na nossa demanda.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Como fazer isso?

 

O primeiro passo é saber que a contabilidade sozinha e nada é a mesma coisa, ou seja, para que a gente consiga fazer alguma coisa, vamos precisar de ajuda de quem conhece mais a coisa que nós, sabemos pegar um documento, creditar, debitar, recolher impostos, reverter impostos quando necessários, mas a coisa do físico, de como controlar um bem em sua aplicação é uma falha nossa, fingimos que fazemos e as pessoas acreditam, por mais que alguns contadores afirmem que tem o controle nas mãos, sabemos que isso é mentira, quem conhece equipamentos, sua funcionalidade, sua vida útil, sua instalação e complexidade é quem esta com a mão na massa no dia a dia, assim temos de abaixar nossas cristas e nos render as informações que existem nesses setores da empresa.

 

Como falei em um post anterior, temos de ser um conjunto e não o cara que aparece na fotografia e nesse ponto tenho orgulho de um dia na Alcoa – Alphaville, ter tido aval dos meus superiores e abandonado o controle contábil que tinha números fechados sem conciliação e assumido o controle da Engenharia que tinha pastas auditáveis com documentos provando seu numero como, acabamos com os controles contábeis e assumimos os da engenharia como sendo os contábeis, temos de ter provas, documentos auditáveis e não números fechados.

 

Outra coisa importante de saber é que o PARECER NORMATIVO CST N.º 394, DE 31 DE MAIO DE 1971 (DOU DE 04.08.71), que não foi mudado portanto, ainda tem valor declara em seu paragrafo primeiro o seguinte:

 

Na hipótese de total impossibilidade de, para efeitos de correção monetária e baixas, a empresa atribuir, com base em documentação ou registros, valores históricos individualizados e cada um dos bens do seu ativo imobilizado, cujo registro vinha sendo reproduzido englobadamente em sua contabilidade, admite-se serem conferidos aos mesmos valores históricos aproximados com base em indícios ou estimativa, desde que o seu cômputo total coincida exatamente com o anteriormente registrado e que, antes, se tenham esgotados todos os meios para apuração dos valores reais de aquisição.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Com isso, temos os parâmetros físicos e legais para definir um processo de acerto das bases contábeis, mas não podemos olhar somente esse detalhe, temos de conhecer o sistema que estamos utilizando, vou usar para exemplo três com os quais já trabalhei: Sispro, FA Consist e SAP AM/AA.

 

Mas o que tem a ver o sistema com os nossos trabalhos?

 

No Sispro e no FA Consist, quando você altera um item cria outro de destino com os mesmos dados do item de origem, ou seja datas, locais e outros e faz apenas o acerto dos valores que tem de estar respaldados por seus papéis de trabalho, já em sistemas como o SAP AM/AA, você cria um novo item com todos os dados idênticos ao sistema anterior, menos a data de incorporação que tem de ser a do dia em que você transferiu o item, ou seja, se criou o novo item no dia 01/03/2015, essa vai ser sua nova data de aquisição e lá em algum lugar do ativo vai aparecer a informação item antigo onde em arquivo de consulta você pode levantar o histórico desse bem.

 

O problema acontece quando em 31/12/2015 alguém pede uma relação de sua adições ou uma relação dos bens patrimoniais por data de aquisição, ou ainda com órgãos reguladores como por exemplo a ANATEL, onde o pessoal vai te perguntar o obvio, se comprei esse ativo em 01/03/2015, como ele pode estar 70% depreciado?

 

Outro problema que vamos ver ainda nesse post vai ser na hora de apurar a nova base de depreciação acumulada, essas datas vão distorcer nossos calculos.

 

Dai acertar o sistema ou manter controle paralelo deve ser uma decisão tomada em conjunto pela empresa, auditoria e reguladores se houver.

 

Trabalhando as informações da engenharia:

 

A primeira coisa a se saber é que tipo de controle a engenharia tem, normalmente ou esses dados estão digitalizados ou estão em fase adiantada de digitalização, mas devem ser encarados como sendo o efetivo inventário físico de bens da empresa, mesmo que tenham nascido com outros fins:

 

  • Sistema de rede externa, cabos, armários, postes, dutos e outros, basicamente a digitalização das plantas de rede.

  • Sistema de equipamentos de infraestrutura.

  • Sistema de transmissão de dados, tem de saber que equipamentos usam para poder manter a rede funcionando.

  • Sistema de rádios e antenas, lembrando que algumas antenas estão em lugares sem possibilidade de acesso a contabilidade.

  • Outros

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Uma vez definidos o que temos nas engenharias, vamos elaborar um trabalho de troca de informações sabendo se que eles também trabalham com as localidades definidas pela ANATEL, sendo assim, precisamos extrair desses controles relatórios classificados de acordo como os ajustes que fizemos nas nossas bases onde serão mostrados os quantitativos desses bens alocados na planta.

 

Essa definição de necessidades de arquivos alinhados para uso comum, costuma gerar alguns problemas que tem de ser resolvidos pela alta gerência da empresa, já que ainda temos cultura de competição e não de união.

 

Mas passada essa fase e com os setores trabalhando em conjunto, vamos ter:

 

  • Quantidade de cabos modelo A na localidade X

  • Quantidade de cabos modelo B na localidade Y

  • Quantidade e localização de antenas

  • Quantidade e localização de rádios

  • Outros

 

O trabalho agora é compilar as informações que construímos nas bases realinhadas dos ativos concatenando a nova informação de quantidades conseguida a partir dos controles da engenharia, e ao final teremos o que podemos chamar de inventário físico de cabos e contas de controle da engenharia.

 

O valor de AQUISIÇÃO AJUSTADO do inventário vai ser igual a aplicação do VALOR DE REPOSIÇÃO – MOEDA FORTE, sobre as novas quantidades levantadas com a engenharia.

 

Mas e a Depreciação?

 

Para se trabalhar essa demanda, vamos ter de avaliar algumas coisas:

 

  • Quanto temos de depreciação acumulada nos ativos da localidade que esta sendo analisada em percentual, não vamos poder fugir desses percentuais a menos que a vida útil seja alterada.

 

  • Qual a expectativa de vida útil do bem, bom essa é uma informação muito complicada de ser levantada, vamos a um exemplo:

 

Compramos dois carros exatamente iguais e colocamos ambos para trabalhar.

 

O primeiro em um centro urbano e com ruas asfaltadas e todas as condições de dirigibilidade.

 

O segundo é uma área rural, com ruas de terra, barro e todas as condições de área rural.

 

Com certeza a vida útil de cada um deles não pode ser a mesma.

 

  • Quando temos apenas poucos veículos na empresa esse tipo de levantamento é simples, mas vamos admitir que somos uma empresa de ônibus e que cobrimos todo o litoral do Brasil, este trabalho é em muito dificultado.

 

  • Assim o meio mais fácil de se determinar a vida útil de um bem dada a sua localização é pesquisar o que esta sendo praticado, no fim deste post vou colocar alguns arquivos com definição de vida útil que consegui em uma pesquisa aqui na net.

 

  • Então por definição, como não temos uma empresa de avaliação nos dando suporte, vamos trabalhar com as vidas uteis padrões do mercado ou definidas para o nosso negócio.

 

  • Em telefonia a definição de vida útil já tem um realinhamento em relação as vidas uteis admitidas pelo imposto de renda para empresas privadas, por isso eles não usam a aceleração da depreciação por exemplo por turnos de trabalho, já que suas vidas uteis já definem isso legalmente.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Calculo da depreciação:

 

Deve ser obtida aplicando se a vida útil do bem, aos valores de Aquisição Ajustados observando se a data de incorporação desse bem podemos ter problemas de formula com as transações SAP AA/MM que alteram as datas de incorporação, cuidado, as datas tem de ser as de origem, por isso precisamos saber do percentual depreciado na localidade, para manter uma coerência ou ter explicação para grandes variações.

 

O resultado desse trabalho é o que em telefonia se chama de CCA, Current Cost Accounting, nome bonito para valor ajustado.

 

Em tempo, cada empresa tem de ajustar o que esta nesse POST a sua realidade, mas esse processo pode ser utilizado em qualquer demanda, principalmente quando não existe a condição de contratação de inventários e reavaliações por empresas de renome no mercado em função de altos custos.

 

Isso não quer dizer que um analista ou estagiário sozinhos vão dar conta dessa demanda, mesmo que interna a empresa tem de manter uma estrutura contábil para fazer esse trabalho e nem sempre essa estrutura vai conseguir fazer o trabalho físico de emplaquetamento e outros, não vai existir esforço humano que cumpra toda a demanda.

 

Documentos com algumas definições de VIDA ÚTIL encontrados na NET:

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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